Essa é outra questão sobre a qual quero falar com o meu filho - álcool, drogas, opiáceos, esse tipo de coisas. Sou professora e preocupa-me saber como falar sobre isso.
E a segunda parte da pergunta é: que práticas de bem-estar posso partilhar em vez de drogas? Deram-me esse conselho, mas como?
Essa é uma pergunta muito boa. Gosto de conselhos de bem-estar, mas também gosto de conversas abertas e de dramatizações. A dada altura, vão oferecer drogas ou álcool aos nossos filhos numa festa ou num evento, e eles vão ter de tomar uma decisão: como é que eu vou reagir?
Como pais, sabemos que a cultura atual está a expor os nossos filhos a todo o tipo de coisas. A dramatização é uma forma de os preparar para esses momentos de uma forma não envergonhada. Poderá dizer: "O meu interesse é a vossa cura, saúde, força e bem-estar. Vamos falar sobre isso. Como é que é estar no seu melhor? O que estou a fazer pela minha saúde? O que é que você está a fazer?"
Depois, coloque-a num contexto do mundo real. "A dada altura, serás exposto a drogas ou álcool. Lembro-me que quando tinha a tua idade, isso aconteceu-me. Eis como reagi. Tive de perceber quais eram os meus valores, porque os meus pais não estavam a ver - podia ter feito o que quisesse. Mas tive de decidir que tipo de pessoa queria ser".
Também pode partilhar conteúdos úteis, como um capítulo de Falar com estranhos de Malcolm Gladwell. O capítulo 10 aborda o consumo de substâncias e o que está a acontecer nas universidades. Ouça esse capítulo com o seu filho e discutam-no. Ajude-o a compreender como as substâncias afectam o corpo. Mantenha a conversa aberta e honesta.
Este tipo de diálogo é poderoso. Porquê? Porque é maduro e sem julgamentos. Está a criar consciência através da relação. Sim, a educação é importante - mas o que é mais importante é que o seu filho saiba: Posso falar com a mãe ou com o pai sobre isto. Não vou ser envergonhado. Eles vão ouvir-me. É isso que gera confiança e compreensão. Isso é poderoso.
