O meu filho de 13 anos tentou suicidar-se. Como é que eu lido com as consequências disto?

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Lamento imenso. De um pai para outro, a dor excruciante que está a sentir na sequência da tentativa de suicídio de um filho. Fico muito contente por saber que a sua filha teve contacto com um apoio terapêutico eficaz. E, permitam-me que vos dê permissão para se ligarem também ao vosso próprio apoio. Porque, como pais, é um trauma tremendo passar pelo rescaldo de uma tentativa de suicídio de uma criança.

Em termos de saber como estar com ela e sobre o que falar, tenho uma ferramenta bastante simples para vos oferecer e chama-se falar pelas nossas partes. Assim, pode reparar que há muitas partes diferentes de si que têm sentimentos e pensamentos diferentes sobre este assunto. A forma mais eficaz de comunicar com o seu filho é falar por essas partes. E eis como isso pode soar:

"Querida, amo-te muito e quero estar aqui contigo de todas as formas possíveis. Não sei bem o que é isso. Uma parte de mim quer estar contigo 24 horas por dia, 7 dias por semana, para ter a certeza de que estás segura e que sabes que estou aqui e que te amo. Outra parte de mim tem muito medo de ser demais, ou de te sufocar, ou de te frustrar e essa parte de mim quer que eu me afaste. Uma parte de mim quer perguntar-te "como te sentes e como estás?" E, outra parte de mim tem medo de não ter respostas ou soluções e essa parte de mim quer não perguntar nada. Estarias disposta a dizer-me o que te pareceria melhor neste momento, para a forma como estou contigo?

Por isso, reparar na autenticidade com que nos relacionamos com a nossa criança permite-nos trazer a nossa experiência multidimensional para a conversa e, depois, pedir à criança que nos diga o que é melhor para ela, e isso pode mudar e não faz mal.

O meu coração está convosco enquanto navegam nesta jornada muito difícil.

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Dr. Kevin Skinner