Eis a pergunta da Michelle:
"Como é que evito que o meu filho se aperceba da minha ansiedade?"
É uma bela pergunta. A minha primeira ideia é que, se desenvolver as competências corretas, pode dar ao seu filho um exemplo do que está a viver e de como lidar com isso de forma eficaz. Faça do relaxamento um objetivo pessoal.
A ansiedade é melhor entendida como uma experiência corporal - é sentida fisicamente. Embora algumas pessoas pensem que está "tudo na mente", o que acontece é que o seu corpo está a sentir-se ameaçado. Essa mudança de perspetiva é importante. A ansiedade não é apenas um problema de saúde mental; é o facto de o seu corpo não se sentir seguro.
Uma das chaves é aprender a aceder ao nervo vago - essencialmente, carregar nos travões do seu corpo. Comece com exercícios simples e desenvolva estratégias para quando se sentir ansioso. Alguns exemplos incluem música calmante, imaginar-se num local seguro (como a praia, as montanhas ou o seu quarto) ou utilizar aromas como o de hortelã-pimenta para sinalizar ao seu sistema nervoso para se acalmar.
A mente responde ao ensaio mental. Tal como os estudantes de piano que melhoraram ao visualizarem a prática, podemos ensaiar mentalmente tanto a ansiedade (que a faz crescer) como as estratégias calmantes (que nos ajudam a regular). Reconhecer a ansiedade e associá-la a uma respiração profunda, música ou aromas agradáveis pode levar o seu corpo a um estado mais calmo.
Ao praticar e modelar estas técnicas, pode mostrar aos seus filhos como gerir a ansiedade. Isto é especialmente importante porque a ansiedade pode ser herdada geneticamente e através do comportamento aprendido dos pais e avós. Não há vergonha - apenas uma oportunidade para uma mudança geracional.
Se formos modelos de como lidar bem com a ansiedade, não só nos ajudamos a nós próprios, como também equipamos os nossos filhos com competências para lidar com um dos maiores desafios actuais, tanto para crianças como para adultos.